Projeto Humanarte - Vocabulário de Psicanálise | ||||||||||||
Melanie Klein (1882-1960) | ||||||||||||
Melanie Klein é a única dos grandes criadores da psicanálise que jamais teve uma vida acadêmica de base. Nem médica, como a maioria, nem psicóloga nem socióloga, antropóloga ou lingüista (como foram alguns analistas de renome no seu tempo), ela foi sempre uma pesquisadora autodidata - talvez por isso mesmo absolutamente original. Uma das autoras que mais contribuíram para a compreensão do funcionamento psíquico inconsciente depois de Freud, Melanie Klein teve seu primeiro contato com a psicanálise como forma de tratamento para a própria depressão. Com vários problemas na família, como a morte de dois de seus irmãos, da mãe, dificuldades para criar os filhos e no casamento, ela começou sua primeira análise com um discípulo de Freud, o húngaro Sándor Ferenczi. Nsceu emm Viena em uma família de origem hebraica bastante humilde, embora dotada de certo nível cultura. Melanie Reizes era seu nome de solteira adotou o Klein só aos 21 anos, após o casamento com Arthur Klein. Após o casamento, o casal Klein deixa Viena e reside em diversas cidades do Império Austro-Húngaro, até chegar a Budapeste, na Hungria, em 1910. Durante esses primeiros anos, Melanie Klein teve dificuldades de cuidar de seus dois primeiros filhos e entrou em estados de profundo desânimo e desespero, o que a aproximou do tratamento psicanalítico. Para ela, a psicanálise, antes de ser uma profissão ou um interesse intelectual, foi uma experiência de crescimento e cura pessoal. São três os pilares fundamentais da teoria Kleiniana: primeiramente existe um mundo interno, formado a partir das percepções do mundo externo, colorido com as ansiedades do mundo interno. Com isso os objetos, pessoas e situações adquirem um colorido todo especial. O seio materno, primeiro objeto de relação da criança com o mundo externo, tanto é percebido como seio bom quando amamenta, daí o nome de “seio bom” a esse objeto no mundo interno, quanto é percebido como “seio mau”, quando não alimenta na hora em que a criança assim deseja. Em segundo lugar os bebês sentem, logo quando nascem, dois sentimentos básicos: amor e ódio. É como se a vida fosse um filme em branco e preto, ou se ama, ou se odeia. É fácil, portanto, perceber que a criança ama o “seio bom” e odeia o “seio mau” sendo essa a origem do conceito de "seio bom, seio mau". O problema é que na phantasia da criança, o “seio mau”, esse objeto interno, vai se vingar dela pelo ódio e destrutividade direcionados a ele. Esse medo de vingança é chamado de ansiedade persecutória. Quando nos defrontamos diante de um perigo, como por exemplo, quando caminhando em um parque nos defrontamos diante de uma cobra, temos o instinto de fugir. Essa reação diante do perigo é chamada em psicanálise de defesa. O conjunto de ansiedade persecutória e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição esquizoparanóide”.
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A - H |
I-P |
R-V |
Nomes |
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Agressividade | Inconsciente | Relações de Objeto | Freud, Sigmund (1856-1939) | |||||||||
Arquétipo (Jung) | Inveja | Sado-masoquismo | Jung, Carl Gustav (1875-1971) | |||||||||
Complexo de Castração | Símbolo (Jung) | Klein, Melanie (1882-1960) | ||||||||||
Narcisismo | ||||||||||||
Complexo de Édipo | ||||||||||||
Objeto | ||||||||||||
Sonho | Lacan, Jacques (1901-1981) | |||||||||||
Deus | Perversão | |||||||||||
Sublimação | Reich, Wilheim (1897-1957) | |||||||||||
Fase Oral | Psicanálise | Silveira, Nise da (1905-1999) | ||||||||||
Superego | ||||||||||||
Winnicott, Donald (1896-1971) | ||||||||||||
Homossexualismo | Pulsão | |||||||||||
Violência | ||||||||||||