Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, foi um médico neurologista judeu nascido no Império Austríaco. Ao tratar de pacientes que sofriam de histeria, desenvolveu a hipótese de que a causa da doença era psicológica e não orgânica. Esta hipótese o levou aos conceitos de inconsciente, repressão e mecanismos de defesa. Passou a defender a idéia de que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana. Abandonou o uso de hipnose como tratamenteo e passou a utilizar a interpretação de sonhos e a livre associação, como acesso aos desejos do inconsciente.

Talvez a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno foi a de tentar dar ao conceito de inconsciente um status científico (não compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia). Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos. Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose.

Suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. Suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas também como referência teórica para a literatura, artes plásticas e cultura em geral.